Tom Jobim – Letras de Tarde Em Itapoã
Um velho calção de banho / o dia prá vadiar
um mar que não tem tamanho / um arco-íris no ar.
Depois da praça Caymi / sentir preguiça no corpo
e numa esteira de vime / beber uma água de côco.
(**Refrão**)
É bom... passar uma tarde em Itapoã / ao sol que arde em Itapoã
ouvir o mar de Itapoã / falar de amor em Itapoã.
Enquanto o mar inaugura / um verde novinho em folha
argumentar com doçura / com uma cachaça de rolha.
E com o olhar esquecido / no encontro de céu e mar
bem devagar e sentindo / a terra toda rodar.
(**Refrão**)
Depois sentir o arrepio / do vento que a noite traz
e o diz-que-diz macio / que brota dos coqueirais.
E nos espaços serenos / sem ontem nem amanhã
dormir nos braços morenos / da lua de Itapoã.
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